Ultimamente eu venho vivenciando um movimento muito interessante que é a convocação de pessoas em prol de um bem comum. O renascer do espírito coletivo. No trabalho, cada vez mais, empresas e organizações nos procuram para ajudar a articular conversas em rede. Com os meus amigos, faço campanhas de financiamento coletivo para beneficiar alguém. Durante o final de semana, participei de um mutirão para construir uma área de lazer na comunidade dos Pilões, em Cubatão. No aniversário na casa do colega, cada um tinha que levar sua bebida e um prato.
Enfim, a sociedade está se organizando de uma maneira mais colaborativa para alcançar o objetivo desejado. Algo que, na verdade, não é nenhuma novidade. Antigamente, lá no passado, os nossos ancestrais se organizavam em tribos, por exemplo. E, extrapolando o tema para o mundo animal, o que dizer das manadas, colmeias e bandos? Todo mundo trabalhando e/ou vivendo em comunidade para, juntos, alcançarem algo bom para todos.
Eu estou comentando tudo isso só para refletir sobre algo que tem se falado muito, que é o poder da colaboração e das redes. Quando eu vejo que uma praça é construída porque centenas de pessoas se mobilizaram para fazer acontecer, isso me encanta. Que uma arrecadação financeira dá certo porque diversas pessoas foram acionadas, se sensibilizaram e contribuíram, isso só reforça o meu acreditar que o ser-humano é muito bom. A festa em casa acontece sem pesar no bolso do anfitrião porque todos contribuem com os comes e bebes. Resultados efetivos se concretizam porque as pessoas passam a cocriar juntas em uma reunião.
Tudo isso me faz refletir sobre o quanto nós somos capazes. É aquele tal negócio: sozinho, é muito mais difícil. Vieram os coworkings, agora os cohousing e, cada vez mais, movimentos surgem para nos mostrar que juntos, podemos mais. As próprias empresas estão ampliando o olhar e, algumas, já estão adaptando suas estruturas para um modelo mais decentralizado e que permita uma gestão mais participativa. E isso não é só uma bela onda que vai passar.
Cada vez mais as pessoas estão se reconectando e conectando, não é uma tendência, é fato que nós estamos entendendo que o fazer junto gera muito mais resultado – financeiro e, principalmente, para a saúde mental e espiritual. E quem lucra com tudo isso? Nós, a sociedade e o meio-ambiente. Quando entendemos que tudo é de todos e fazemos parte do todo, cuidamos para ter sempre. E eu fico feliz por poder experimentar tudo isso.