Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo. Apenas um grupo de 1% dos brasileiros, tem como renda a soma – de todas os rendimentos – do resto da nossa população, uma informação assustadora, porém batida dentro do território nacional. Nas periferias, o dado se converte em problemas sociais com alto grau de complexidade, como saúde, assistência social, segurança, educação, esporte e lazer.

Mas não se deixe enganar, num lugar onde há tantos “problemas” existem soluções sendo criadas, pelas próprias pessoas que vivem e lidam com esses obstáculos. Nos extremos e nas bordas das cidades, vem crescendo e multiplicando empreendedores e empreendedoras que desejam transformar essas realidades e, para isso, é preciso ter organizações que apoiam e potencializam esses projetos de mudança.

Criada em 2018, em parceria com as organizações Artemisia, FGVcenn e A Banca, a Articuladora de Negócios de Impacto da Periferia (anteriormente conhecida como a Aceleradora de Negócios de Impacto da Periferia), ou simplesmente ANIP, vem trabalhando ao lado desses negócios para sejam potências de inovação, impacto e superação. A mudança de nomenclatura marca um novo começo para a iniciativa, ampliando suas formas de atuação e de oferecer suporte aos negócios. 

“A ANIP, a partir de agora, não será somente um programa de aceleração, mas uma articuladora para destravar obstáculos e criar condições reais para o fortalecimento de quem está empreendendo para gerar impacto positivo dentro das periferias”, 

detalha DJ Bola, presidente-fundador da A Banca e um dos idealizadores da ANIP.

 

Ele também ressalta: “Acreditamos que há mais soluções do que problemas nas periferias, por isso, é preciso fomentar os negócios de impacto das quebradas com esse olhar”.

Essa mudança traz uma novidade, o Lab NIP: Negócios de Impacto da Periferia. O programa de aceleração de curto prazo, que conta com metodologia exclusiva Artemisia, irá selecionar até 30 negócios com potencial de impacto social ou ambiental que atuam nas periferias da Grande São Paulo para serem fortalecidos em uma jornada de cinco semanas. Ao final do programa, os negócios que se destacarem poderão receber até R$ 15 mil de capital semente e apoio individualizado de seis meses conduzido pela escola de negócios Empreende Aí. As inscrições estão abertas até 16 de março e podem ser feitas pelo site.

O programa procura empreendedores que estejam em busca de apoio para desenvolver o negócio e ampliar o impacto de sua solução. É necessário já ter um produto ou serviço desenvolvido, não vale só a ideia no papel. Toda metodologia do Lab NIP foi planejada – em conjunto com Maure Pessanha, da Artemisia, e Edgard Barki, da FGVcenn – para apoiar quem já está nessa jornada empreendedora e tem intenção de gerar transformações positivas.

Relembrando que as inscrições podem ser feitas até 16 de março pelo site e o anúncio dos selecionados será feito até 9 de abril. O programa roda de abril até junho, com quatro encontros presenciais, e o apoio individual concedido aos destaques acontece de julho a dezembro.

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