Dentro das propostas previstas pelo artigo, os países participantes poderiam usar de uma diplomacia climática para equalizar a conta das emissões dos gases do efeito estufa. “Esses instrumentos vão apoiar as nações a complementarem as fontes de financiamento para atingir e superar suas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) e permitir ao mercado alocar de maneira custo-eficiente as medidas para a redução das emissões”, reflete Rebeca Lima, gerente sênior do Carbon Disclosure Project (CDP) Latin America, organização internacional sem fins lucrativos que mensura o impacto ambiental de empresas e cidades. Ou seja, uma nação que ultrapassou a emissão do dióxido de carbono, por exemplo, poderia comprar créditos de países que não ultrapassaram o teto estabelecido para sua nação, criando um novo mercado de compra e venda de créditos de carbono, que, teoricamente, poderia ser regulado pelas Nações Unidas.
A diminuição das emissoes de GEE está condicionada a mudanças de toda a sociedade, incluindo justiça social para os menos favorecidos. Não dá para diminuir a emissão líquida se o peso cai, mais uma vez, sobre os mais pobres. A justiça social é condição sine qua non para a justiça ambiental.