O Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) apresentou, na tarde desta quarta-feira (29), novo Censo que revela: recursos privados direcionados a ações de impacto social vêm crescendo no país. Os dados mostram que, apesar do desafiador cenário econômico brasileiro, o Investimento Social Privado (ISP) passou de R$ 3,6 bilhões, em 2019, para R$ 4,8 bi, ano passado: aumento de mais de 30%, neste período [em valores atualizados pelo IPCA].

Produzido desde 2001, o Censo fornece um retrato relevante do setor. O GIFE agrega parcela robusta do ISP, com 170 associados que respondem por importante fatia da economia, entre instituições de origem empresarial, familiar ou independente.

“O principal objetivo do estudo é apresentar características e tendências do setor, apontando caminhos para o fortalecimento da filantropia e a redução das desigualdades no país”, destaca o secretário-geral do GIFE, Cassio França.

De acordo com a pesquisa, o volume de investimentos mobilizados ano passado nivelam-se ao do ano de 2014 e é maior que de todos os anos a partir de 2015. Fica abaixo apenas do ano pico da pandemia da Covid-19 [2020], quando a sociedade civil organizada se articulou de em socorro ao país:

Do valor global [R$ 4,8 bilhões], R$ 2,1 bilhões foram direcionados à execução de projetos próprios dos investidores. Um total de R$ 1,8 bilhão foi repassado a terceiros [Organizações da Sociedade Civil (OSCs), negócios de impacto, universidades e centros culturais, entre outros]. O restante dos recursos [R$ 900 milhões] refere-se a despesas administrativas e de infraestrutura.

ÁREAS TEMÁTICAS — O Censo GIFE tornou-se referência no campo do ISP ao apresentar importante panorama sobre recursos financeiros privados destinados a iniciativas sociais em áreas como educação, equidade racial e de gênero, saúde, meio ambiente, sustentabilidade. A pesquisa também mostra formas de atuação, estrutura e estratégias dos investidores. Essa edicão traz na maneira de informar a representatividade orçamentária por áreas temáticas. Educação continua na liderança, mas a tendência de queda.

Outro dado que chama a atenção no Censo 2022/2023 é a evolução do volume de investimento conforme o tipo/perfil de investidor. Destaque para os institutos, fundações ou fundos independentes, que responderam por 18% do ISP mobilizado ante 8% na edição anterior da pesquisa. A governança segue sendo um desafio: 81% de institutos e fundações afirmam não terem políticas para promoção e ampliação da diversidade nos conselhos deliberativos.

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