A maioria destes moradores de rua, 48,9%, é parda, sendo 26,1% brancos e 19,7% pretos. Os homens somam 85,5% dessa população, as mulheres representam 14,6% e 386 são trans. Quanto ao fator idade, 46,6% têm entre 31 e 49 anos, 3,9% são crianças e 1,7% são indígenas. 91,5% sabe ler e escrever e 91,9% frequentaram a escola. 71,4% estão com pelo menos um documento, 10,6% tem documento mas está guardado com algum familiar e 18% não possui documentos. 80,7% dessas pessoas já dormiram na rua, 75,2% já dormiram em algum centro de acolhimento, 43, 1% usam esses centros como vaga fixa, 32,3% usam pernoite e 19,1% não usam. Você pode acessar mais informações aqui.
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Fabiana Santos, de 41 anos, mora na rua há cinco meses. Quando seu barraco, que fica na Favelinha do Moinho, Grande São Paulo, desmoronou, ela teve que ir para rua com toda sua família – um filho e dois netos. “É perigoso ficar na rua. As pessoas são más e colocam fogo nos moradores de rua, fora os que dão comida envenenada. Sinto medo pelas crianças que estão comigo, pois elas acabam sendo afetadas pela maldade dos adultos”, relata Santos.