ONGs e pandemia

Phomenta lança portal voltado à cobertura do Coronavírus e ao Terceiro Setor

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Tudo mudou com o alastramento global do Coronavírus (Covid-19). Tudo. Porém, as incertezas que cercam o mundo do trabalho e a própria vida social, além da prevista recessão econômica, com o mercado desacelerado, geram incertezas em organizações e indivíduos. E com as Organizações Não Governamentais (ONGs) não é diferente.

Como gerir uma ONG e atender seus beneficiários em meio à complexidade e às consequências da pandemia? A Phomenta, buscando atender tais organizações, lançou o Portal do Impacto – Coronavírus. Trata-se de uma plataforma gratuita de compartilhamento de informações sobre os impactos do Covid-19 no Terceiro Setor. A iniciativa é apoiada pelas seguintes organizações: Aupa – Jornalismo em Negócios de Impacto Social, Instituto Sabin, Grupo +Unidos, Arredondar, Instituto Bancorbrás, Mol Editora, Instituto BRB, Instituto Phi e Escritório de Advocacia AHO.

Um dos primeiros lançamentos da plataforma foi o webinar “Como o Coronavírus impacta as OSCs [Organizações da Sociedade Civil]?“. Participaram da conversa Izadora Mattiello, cofundadora e CEO da Phomenta, Marcus Moura, gerente de operações e finanças, Rodrigo Cavalcante, gerente de impacto e aceleração social e Luis Sousa, agente de aceleração social. O diálogo abordou os cenários no mundo, no Brasil e no Terceiro Setor, além das questões diretamente relacionadas à gestão e às particularidades das ONGs.

Fato é: as pequenas ONGs, que fazem parte dos pequenos negócios, são as que mais sofrem com os reflexos no mundo do trabalho a partir da medida de isolamento social – há uma diminuição tanto na oferta quanto na demanda por produtos e serviços, afetando a cadeia de compra de insumos dentro deste sistema globalizado. Ao mesmo tempo, vale o jeito startup de pensar – ter a ideia e testar rapidamente. “Porém, é imprescindível fazer boas perguntas, mapear o cenário e entender como a ONG pode se organizar para estar na linha de frente também”, ressalta Mattiello. Entender os beneficiários para adequar o atendimento, participar de coalizações de ONGs e que as necessidades são bastante diferentes entre elas no contexto pandêmico são alguns dos caminhos apontados.

“Qual é o problema social, portanto? Talvez a solução não seja o digital e a educação, mas, sim, a alimentação e a saúde”, levanta Moura, que complementa: “É preciso também saber como os beneficiários estarão depois da pandemia”. O fortalecimento de vínculos e parcerias são ideais para o enfrentamento dos efeitos sociais e de saúde ocasionados pelo isolamento e pelos novos desafios nas rotinas de trabalho e perda da demanda e da oferta. Engana-se quem pensa que, em situações como a que vivemos, o digital pode fomentar tudo – afinal, é preciso considerar as muitas desigualdades de acesso quanto ao digital também. São impactos de curto, médio e longo prazos. E são muitas questões para as ONGs considerarem – para atender seus beneficiários e também para manter seu negócio em pé.

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