Prevenção e tratamento
Atualmente, há diversas estratégias de prevenção e tratamento para o HIV. É a chamada prevenção combinada, que traz diversas possibilidades para evitar a infecção.
Além do conhecido preservativo (masculino e feminino) e uso do gel lubrificante, a profilaxia pré-exposição, conhecida como PrEP, é ofertada pelo SUS. Ela consiste no uso diário de medicamentos antirretrovirais antes de uma exposição de risco ao HIV.
“A pessoa pode tomar a PrEP por um, dois anos. Depois deste período, se ela não quiser mais, interrompe – afinal, a vida das pessoas não é linear a todo momento. Essas escolhas são feitas a partir da informação que o paciente tem sobre prevenção e do contexto de vida dele”, afirma Adriano Silva, coordenador de prevenção da Coordenadoria de IST/Aids da cidade de São Paulo.
Outra forma de prevenção é a testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, além do diagnóstico e o tratamento das infecções sexualmente transmissíveis (IST), já que elas podem ser a porta de entrada para o HIV.
Para os casos de pessoas que foram expostas a uma relação sexual sem proteção ou que houve falha do preservativo, também é possível utilizar a PEP (profilaxia pós-exposição), que consiste em uma medicação antirretroviral ingerida até 72 horas após a exposição e por 28 dias seguidos. Essa opção pode ser escolhida por qualquer pessoa que se sinta em situação de vulnerabilidade para a infecção.
Mas e quando a pessoa testa positivo para HIV? Atualmente, há medicamentos antirretrovirais (ARV) disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para pessoas vivendo com HIV, sendo fundamentais para a qualidade de vida do paciente.
Segundo o coordenador de prevenção da Coordenadoria de IST/Aids, Adriano Silva, em 2020, na cidade de São Paulo, a média para iniciar o tratamento com os antirretrovirais após a descoberta do HIV é de 20 dias. Em 2016, o tempo médio era de 180 dias.
“O tratamento precoce traz duas vantagens. Uma primária: quanto mais cedo a pessoa se trata, mais ela preserva a própria saúde. E uma secundária: a pessoa fica indetectável e não transmite o vírus, então quebra a cadeia de transmissão”, pontua Adriano.
Todas essas alternativas podem ser encontradas na rede pública de saúde, de graça para a população. A cidade de São Paulo, por exemplo, tem 26 serviços municipais especializados em ISTs/Aids, que abrangem nove Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) e 17 Serviços de Atenção Especializada (SAEs). Confira os endereços aqui.