Força Tarefa publica relatório 2017

O documento lista alguns avanços do ano e revela quais são as lacunas e metas para o restante de 2018.

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A Força Tarefa de Finanças Sociais publicou, em maio deste ano, o relatório com o conjunto de atividades, realizações e avanços em sua atuação para fomentar o segmento. Força Tarefa é como ficou conhecido o grupo com 80 organizações que articulam ações para promover o setor de impacto socioambiental no Brasil desde 2013. A Aupa fez um perfil da atuação do grupo na reportagem de Fel Mendes. Saiba mais sobre aqui.

Avançando em quatro frentes

Do ponto de vista estratégico, o documento divulgado pela Força Tarefa reforça os quatro eixos de ação aos quais o grupo se dedica sistematicamente. O grupo de trabalho se dedica a promover o campo 1) atraindo mais capital para ele, 2) criando um ambiente favorável para a criação de novos negócios de impacto, 3) fortalecer aceleradoras, incubadoras e outros intermediários do segmento e 4) articular legislações que favoreçam este progresso.

Para cada uma dessas áreas, variadas ações foram destacadas. Para conferir o documento completo, clique aqui.

Atraindo mais capital

A aceleradora Artemísia e a Caixa Econômica Federal lançaram uma chamada de apoio a negócios de impacto que promovem inovação na educação financeira e em serviços financeiros. O chamado “Desafio de Negócios de Impacto Social” encerrou duas etapas de seleção que chegaram a 5 startups, que receberam mentoria das duas instituições e até R$ 200 mil para pilotar suas soluções. São elas PoupeMais, Jeitto, DimDim (que encerrou suas atividades em janeiro), QueroQuitar! e SmartMEI.

Outra iniciativa instigante foi o desenvolvimento de um mecanismo de financiamento de negócios de impacto a partir de modelos de Blended Investment, que une fundos financeiros e filantrópicos, de institutos e fundações. O modelo tem sido aplicado, enquanto piloto, no Programa Vivenda, negócio que oferece crédito, planejamento, mão de oibra e material para reformas habitacionais. A ação e o resultado de uma parceria da nVivavenda com a aceleradora Din4mo e o Grupo Gaia. Ao todo, foram captados R$ 5 milhões e a expectativa é que a iniciativa impacte mais de 32 mil pessoas, no prazo de cinco anos.

O modelo de financiamento proposto no Programa Vivenda é um dos assuntos das reportagens de julho da Aupa. Assine nossa newsletter para ficar por dentro.

Fortalecendo pontes com o poder público

Outro desafio do setor tem sido fortalecer uma agenda que reverbere nas instâncias governamentais na direção de criar legislações para a promoção de um ambiente favorável aos negócios de impacto. O ano de 2017 apresentou alguns resultados nessa direção, sendo o principal deles a chancela da Estratégia Nacional de Investimento e Negócios de Impacto (ENIMPACTO). É a primeira iniciativa do poder Executivo do Governo Federal a apontar caminhos para o setor, enquanto engatinham, paralelamente, no Legislativo, iniciativas de projetos de lei que regulamentem o campo. Para saber mais, acesse nossa reportagem especial sobre o tema aqui.

Direções para 2020

O documento, por fim, também traça algumas metas para daqui a dois anos no setor. Do ponto de vista da formação de novos empreendedores do setor, um dos desafios que se impõe é a clareza do conceito “negócios de impacto” para todos que utilizam esta denominação. Se você ainda estiver na dúvida sobre o que é isso, confira aqui nossa explicação.

Outros desafios é na expansão de fundos de investimentos e na oferta de incubadoras e aceleradoras no Brasil que se autodeclaram trabalhando com negócios de impacto.

Embora o ambiente de investimento seja favorável, a realidade é que, ainda 79% dos empreendedores sociais procura por investimento, 35% ainda não tem nenhum tipo de faturamento e apenas 7% fatura acima dos dois milhões de reais. Para entender melhor qual é o panorama do setor e quais são outros desafios pela frente, confira na nossa reportagem aqui.

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