PARATY: Quando os livros e a literatura podem significar um real impacto social na vida das pessoas? Esse foi papo que contou com Fábio Deboni (Instituto Sabin), Edson Leitte (Gastronomia Periférica), Marcio Black (Fundação Tide Setúbal), Leonardo Letelier [SITAWI] e Kátia Rocha (Rede Educare).

Compartilhando de suas experiências e trajetórias de vida, os participantes falaram sobre a importância de levar a literatura para os espaços periféricos como papel de letramento, mas também formação política; assim como se discutiu o papel da pauta de organizações e institutos de impacto como agente de mudanças na sociedade.

Após o bate papo houve lançamento do novo livro de Fábio Deboni pela Aupa | Books, selo editorial especializado em Impacto social do portal Aupa. Edson Leitte também autografou seu livro Porque criei a Gastronomia Periférica.

 


“A literatura praticada na periferia além do papel de alfabetizador e de letramento, tem também um papel de formação política, porque os saraus foram as únicas expressões de cultura periférica não foram reprimidos nas últimas décadas. As pessoas nas periferias podem dizer que essa literatura consegue dialogar com a realidade delas”.
Márcio Black

 

“A gente precisa entender quem são essas pessoas que fazem parte de todas as periferias. Não é o Cidade Alerta que vai contar o que acontece no Capão Redondo, somos nós. O rico e o pobre precisam estar juntos, trocando ideia, aí o Estado não aguenta, porque foi o Estado que separou a gente”.
Edson Leitte 

 

“Qual impacto estamos falando? A gente quer um ‘selinho de impacto’, ou queremos uma real transformação. E para quem é esse impacto? É para quem tá na ponta? Há uma linha tênue entre a necessidade do resultado corporativo e a das respostas à base que necessita do trabalho”
Fábio Deboni

“Quando eu não consegui responder ‘negócios pra quem, finanças pra quem’, eu decidi que precisava fazer alguma coisa. Mas eu não me via como agente de mudanças, eu me via como alguém com ativos e privilégios que poderia ajudar”. Leonardo Letelier

 

“Foram as mulheres da minha família que me educaram – e eram analfabetas. A gente estudava até o momento de casar e aí parava. É por isso que sempre que olho para uma menina, eu penso na educação dela e quero saber como foram as antepassadas dela, se elas tiveram acesso à educação ou não”. Katia Rocha

 

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